O Marionetista, para saxofone alto e quarteto de cordas
Encomenda: Orchestrutopica
Data de Composição: 2008
Dedicada a Maria Gádor Soriano
Estreia: Festival do Estoril | Agosto de 2008 | por Richard Ducros e Quarteto de Cordas de Matosinhos
Esta peça tem associada uma dramaturgia, podendo ser encenada com mais ou menos pormenor consoante o evento e o tipo de público. O guião que imaginei para a peça contém apenas indicações expressivas de carácter gestual, não estando previstas quaisquer intervenções verbais.
A natureza dramatúrgica intrínseca à forma e aos gestos musicais utilizados é de fácil de interpretação, no entanto a fruição da peça fica bastante enriquecida quando complementada com uma vertente cénica/teatral.
Para a estreia da peça, e também para a elaboração do referido guião, contei com a colaboração da cantora/actriz espanhola Maria Gádor Soriano. O seu trabalho prolongou-se aos ensaios através da realização de alguns jogos e exercícios simples de interacção e descontracção, com o objectivo de pôr os músicos mais à vontade com esta componente cénica para a qual a maioria não estão habituada.
Se no início dos ensaios houve alguma resistência ao imaginarem-se subir ao palco também como actores, após o concerto a opinião dos músicos foi consensual: foi extremamente gratificante sentir que a música benficiou imenso da componente cénica e a entrega de cada um na interpretação beneficiou enormemente do (mui ligeiro) trabalho de actor que lhes foi pedido ao longo dos ensaios.
Data de Composição: 2008
Dedicada a Maria Gádor Soriano
Estreia: Festival do Estoril | Agosto de 2008 | por Richard Ducros e Quarteto de Cordas de Matosinhos
Esta peça tem associada uma dramaturgia, podendo ser encenada com mais ou menos pormenor consoante o evento e o tipo de público. O guião que imaginei para a peça contém apenas indicações expressivas de carácter gestual, não estando previstas quaisquer intervenções verbais.
A natureza dramatúrgica intrínseca à forma e aos gestos musicais utilizados é de fácil de interpretação, no entanto a fruição da peça fica bastante enriquecida quando complementada com uma vertente cénica/teatral.
Para a estreia da peça, e também para a elaboração do referido guião, contei com a colaboração da cantora/actriz espanhola Maria Gádor Soriano. O seu trabalho prolongou-se aos ensaios através da realização de alguns jogos e exercícios simples de interacção e descontracção, com o objectivo de pôr os músicos mais à vontade com esta componente cénica para a qual a maioria não estão habituada.
Se no início dos ensaios houve alguma resistência ao imaginarem-se subir ao palco também como actores, após o concerto a opinião dos músicos foi consensual: foi extremamente gratificante sentir que a música benficiou imenso da componente cénica e a entrega de cada um na interpretação beneficiou enormemente do (mui ligeiro) trabalho de actor que lhes foi pedido ao longo dos ensaios.
notas de programa
Esta peça explora os pontos de contacto tímbricos e de gesto musical entre o saxofone e o quarteto de cordas. Para tal, resolvi atribuir a cada instrumento papéis distintos: o saxofone encarna um marionetista e o quarteto de cordas age como um quarteto de marionetas. Partindo dessa hierarquia, procurei desenvolver musicalmente as relações que se criam entre um ser manipulador e seres manipulados.
A primeira parte da peça funciona como uma secção de exposição, na qual o marionetista aprende como é que as marionetas reagem aos seus gestos. Conhecidas as capacidades expressivas das quatro marionetas, segue-se uma secção de desenvolvimento durante a qual o marionetista procura criar uma dramaturgia.
Se no início da peça as marionetas se comportam de forma mecânica e homogénea, à medida que a interacção vai decorrendo, a personalidade distinta de cada uma vai-se manifestando e tornando mais evidente. Este fenómeno culmina num motim, no qual as marionetas deixam de obedecer ao seu manipulador e ganham vida própria.
© João Godinho
A primeira parte da peça funciona como uma secção de exposição, na qual o marionetista aprende como é que as marionetas reagem aos seus gestos. Conhecidas as capacidades expressivas das quatro marionetas, segue-se uma secção de desenvolvimento durante a qual o marionetista procura criar uma dramaturgia.
Se no início da peça as marionetas se comportam de forma mecânica e homogénea, à medida que a interacção vai decorrendo, a personalidade distinta de cada uma vai-se manifestando e tornando mais evidente. Este fenómeno culmina num motim, no qual as marionetas deixam de obedecer ao seu manipulador e ganham vida própria.
© João Godinho
partitura
Em revisão. Obra em obras.
Mas se houver uma oportunidade de concerto, a revisão faz-se mais rápido.
Mas se houver uma oportunidade de concerto, a revisão faz-se mais rápido.
gravação
Intérpretes:
Richard Ducros, saxofone alto
Orchestrutopica:
Vítor Vieira, violino
Juan Carlos Maggiorani, violino
Jorge Alves, viola
Teresa Valente Pereira, violoncelo
Gravação: Centro Cultural de Cascais | Agosto de 2008 | Festival do Estoril
Captação: RDP/Antena 2